No mês de outubro arrancou um novo projeto em Angola para combater o problema da malnutrição. O projeto, com o título “Community Based Management of Malnutrition for the Most Vulnerable Children Under Five and Mothers in Provinces Affected by Severe Drought in the Republic of Cunene”, terminará em julho de 2017 e aborda o tema da nutrição em contexto comunitário, com especial atenção para as mães e crianças com menos de cinco anos.

Médicos com África Cuamm empenha-se neste projeto ao lado de dois parceiros internacionais: World Vision, ONG que se ocupa também de segurança alimentar, e ECHO, a Direção-Geral da Proteção Civil e das Operações de Ajuda Humanitária Europeias.

O interesse de ECHO pelas atividades de cooperação sanitária de Cuamm, e sobretudo pela abordagem à nutrição, provém do trabalho realizado no tratamento clínico da malnutrição aguda grave (definido tecnicamente internamento) que, especialmente devido à seca prolongada, torna-se a única intervenção capaz de recuperar os casos mais graves.

Mais concretamente, o trabalho de equipa dos vários parceiros traduz-se num conjunto de competências específicas, em particular as de World Vision para atividades de segurança alimentar e atividades comunitárias, entendidas como sistema de referência dos casos de malnutrição detetados, e sensibilização da população através de atividades locais, por exemplo, e a experiência de Cuamm em âmbito clínico. O resultado do encontro destas diferentes competências deverá dar uma resposta abrangente às emergências de seca e malnutrição, considerando-as como dois aspetos do mesmo problema e relacionados entre si.

Este projeto revela-se uma ótima oportunidade para Médicos com África Cuamm, já presente com atividades de combate à malnutrição noutros Países africanos, para alargar a sua intervenção à nutrição e para fortalecer as colaborações com outras ONG ativas no País.

Em particular, as atividades que pretendemos propor são:

  • avaliação das Unidades Especiais Nutricionais (UEN), apoio para a compra de material e medicamentos;
  • compra e distribuição de alimentos terapêuticos;
  • identificação e referência dos casos de malnutrição aguda grave (SAM), através do sistema de gestão comunitária da malnutrição, com um papel fundamental dos operadores de saúde comunitária a nível comunitário;
  • tratamento clínico dos casos de malnutrição aguda grave;
  • apoio e envolvimento das autoridades locais (Repartição Municipal e Departamento Provincial de Saúde).

As áreas de intervenção são Ombadja e Cahama (província de Cunene).

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